
Projeto
Essas pessoas afastadas temporariamente de sua família de origem serão recebidas em famílias das modalidades extensa ou acolhedora, visando garantir proteção integral. Também está prevista no projeto aprovado a redução da população infantojuvenil atendida na modalidade de acolhimento institucional, o fortalecimento dos vínculos familiares, facilitando a reintegração na família de origem, sempre que possível, e articulação de recursos públicos e comunitários visando a potencialização das famílias, através da inserção na rede socioassistencial. Família extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade, e família acolhedora é qualquer pessoa ou família que se proponha a acolher criança ou adolescente em seu núcleo familiar, sem intenção de promover a adoção, em conformidade com os critérios do projeto aprovado. E, o bolsa-auxílio é outro mecanismo do programa que prevê subsídio financeiro mensal por criança ou adolescente inserido nas famílias extensa ou acolhedora, que visa apoiar o núcleo com as despesas decorrentes da inserção do novo membro.
Debate
A votação da matéria movimentou extenso debate. De acordo com o líder do prefeito na Casa, vereador João do Suco (PSDB), “o projeto receberá a efetiva fiscalização dos dois poderes públicos para que as regras necessárias à boa condução do atendimento sejam mantidas”, respondendo o questionamento feito por outros parlamentares, que endossaram a iniciativa, mas recomendaram “observação a determinados aspectos essenciais ao acompanhamento dos acolhidos”.
Na visão da vereadora Professora Josete (PT), depois de atendidas as exigências do detalhamento de impacto financeiro, para a votação “a estruturação do programa carece de uma sustentação e parcerias com outras secretarias e também da Fundação de Ação Social (FAS) para que as famílias biológicas sejam assistidas visando o regresso dos acolhidos temporários.
Em consenso, todos os vereadores que participaram do debate frisaram o “aspecto voluntário do acolhimento, considerando que a ajuda financeira de R$ 300/mês, durante os seis meses, apenas reforça o orçamento familiar das famílias dispostas a colaborar”.
Pedro Paulo (PT), que também ocupou a tribuna, comentou sobre o mérito da proposta e os desafios do tipo do atendimento, além de fazer considerações a respeito das novas normas de adoção, e ainda as atribuições limitadas do Conselho Tutelar para os pré-adolescentes e do Poder Judiciário a partir dos adolescentes em diante. O vereador, que também é ligado aos conselhos tutelares, observou como critério para o programa “a verificação da situação dos abrigos em que são acolhidas atualmente as crianças e adolescentes em desajuste familiar”.
Outro a falar na tribuna, o líder de oposição, Algaci Tulio (PMDB), fez parâmetros entre as necessidades juvenis e da terceira idade, fazendo importantes referências sobre o futuro do país. As pesquisas evidenciam que o Brasil está envelhecendo em 30 anos o que a Europa demorou um século. “O que significa dizer que os investimentos nas crianças e jovens precisa ser maior”, ponderou o parlamentar.
Ainda falaram sobre o assunto os vereadores Nely Almeida (PSDB), que foi presidente da Assoma e participou com Algaci Tulio do apadrinhamento de inúmeras casas de terceira idade, Jorge Yamawaki, Felipe Braga Côrtes (PSDB), Paulo Salamuni (PV) e Zé Maria (PP).
CMC/ Fotos: Divulgação
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